Pular para o conteúdo principal

A asma e a alergia vão à escola

2 a 3 alunos têm asma ou alergia em cada sala de aula.
Como lidar com este fato?

Estudos evidenciam que a asma e as alergias são cada vez mais frequentes entre escolares. Como um dos pilares do manejo de tratamento das alergias é o controle ambiental, nada mais justo que os cuidados se estendam ao ambiente escolar.

Alergia, em especial a rinite alérgica e a asma, têm em comum um fenômeno conhecido como "atopia" , ou seja, as pessoas atópicas têm uma predisposição do seu sistema imunológico para reagir de forma diferenciada na presença de determinados fatores (chamados alérgenos) presentes no meio ambiente e que são inofensivos para os outros. Por exemplo, os brônquios podem inflamar e estreitar (broncoespasmo), resultando em  crises de asma com falta de ar, chiados e tosse ou ainda a mucosa nasal pode inflamar causando crises de rinite alérgica, com espirros, coriza e congestão nasal ao contato com ácaros, mofo (fungos) e outros alérgenos. Por isso, é muito importante colocar em prática medidas de prevenção não apenas em casa mas também nas escolas, onde os alunos permanecem muitas horas no decorrer de cada dia. 


Medidas simples que podem combater fatores que podem atuar como irritantes
ou como alérgenos, provocando crises de alergia respiratória


1. Substituir o quadro negro tradicional pelo quadro branco, eliminando o uso de giz e apagadores. O pó de giz pode ocasionar um efeito irritante na mucosa respiratória, agravando ou provocando crises.

2. Salas de aula devem ser arejadas, bem ventiladas. A limpeza deve ser diária, com pano umedecido, evitando uso de vassouras. 

3. Caso seja necessário utilizar produtos com cheiro ativo ou realizar obras, pinturas, etc.  tomar cuidado para que os serviços sejam realizados na ausência dos alunos.

4. Combater focos de umidade e mofo.

Plano de Ação

No caso da asma, outro ponto fundamental no tratamento é que o paciente receba a medicação prescrita por seu médico. Infelizmente o uso das medicações inaladas para resgate de crises é proibido em algumas escolas, impedindo ou atrasando o atendimento correto e contribuindo para agravar a asma.  O aluno asmático deve receber do seu médico especialista um plano de ação, ou seja, uma orientação por escrito do "passo a passo" a tomar em caso de sintomas. Mas, o ideal é que o corpo docente receba instruções sobre a asma do aluno, da sua condição para prática de exercícios, bem como sobre a forma adequada de uso dos aerossóis e dos medidores de pico de fluxo expiratório que permitem avaliar a de forma objetiva cada crise e julgar a sua gravidade. A colaboração da escola é essencial para que os alunos portadores de asma possam ter uma vida normal.

Este texto foi adaptado de uma matéria publicada na Argentina, no Jornal La Nacion. Recomendamos a visita ao site da Fundación para el Estudio del Asma y otras Enfermedades Alérgicas (Fundaler)

Comentários

  1. Anônimo7/6/12 14:05

    divulgando um blog s´po de receitas para alergicos

    http://www.amigasdaalergia.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Tem tantas coisas para os agentes da saúde fazer, professores doentes, alunos doentes por causa da alergia respiratória , o País perde muito por causa disso. Deveria ser obrigatório quadro branco em todas as escolas. O País ganharia muito com isso.

    ResponderExcluir
  3. Rowana: Sim. O texto mostra medidas simples de prevenção que podem ser implantadas nas escolas, contribuindo para a saúde de alunos, equipe escolar e professores. Gratos por sua visita.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

"Os comentários publicados sistema são de exclusiva e integral responsabilidade e autoria dos leitores que dele fizerem uso. Os autores deste blog reservam-se, desde já, o direito de excluir comentários e textos que julgarem ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros. Textos de caráter promocional ou sem a devida identificação de seu autor também poderão ser excluídos".

Postagens mais visitadas deste blog

Alergias e reações na pele causadas por plantas

A natureza nos presenteia diariamente com plantas e flores proporcionando uma festa não apenas para os olhos mas para todos os sentidos. A sua utilidade prática é indiscutível e múltipla, seja purificando o ar, seja servindo como alimento ou como base para construção de habitações, na manufatura de mobiliário, utensílios, cosméticos, medicamentos, entre tantas outras aplicações. Se apenas tivessem o papel de embelezar, já seriam fundamentais, aliviando a dureza do cotidiano e transmitindo paz numa convivência harmoniosa de longa data com o ser humano. Mas, em algumas situações, a pele pode desenvolver reações quando entra em contato com plantas e daí pode coçar, se tornar vermelha, apresentar uma erupção cutânea e até inflamar. Estas reações surgem pelo contato com a pele, algumas puramente por irritação direta e outras, por mecanismo alérgico. Até mesmo árvores podem produzir um eczema de contato alérgico, sendo o exemplo mais conhecido a Aroeira, uma árvore de madei...

Pitiríase rósea

É uma doença conhecida desde 1860, quando foi descrita por Camille M. Gibert, sendo conhecida também como Pitiríase rósea de Gibert. Não se conhece exatamente a causa, mas parece que a hipótese mais viável é que seja ocasionada por vírus, como por exemplo, o vírus do herpes. Mas, é possível que dependa de uma tendência genética do indivíduo, o que seria um facilitador do aparecimento da doença. Questiona-se também outros mecanismos, envolvendo alguns tipos de medicamentos, autoimune, associação com outras doenças, etc. Fatores psicológicos ou estresse podem facilitar o aparecimento da doença, assim como alterações da imunidade e gravidez. Não é contagiosa. É mais comum em adultos, acometendo mulheres e homens, sendo rara em crianças pequenas e em idosos, ocorrendo preferencialmente na primavera e no outono. O maior problema é que sua evolução pode ser prolongada e durar de semanas a meses, assustando o doente. Em alguns casos pode recidivar, mas não é comum que aconteça Quadro c...

Dermografismo

A bolsa pesada marca o seu braço? A roupa apertada, a alça do soutien, o elástico da roupa faz você coçar e empolar? Atenção: pode ser dermografismo! Dermografismo é uma doença da pele que afeta cerca de 5% da população e que se caracteriza pelo aparecimento de coceira intensa em locais de pressão. Após o ato de coçar surgem “lanhos” vermelhos nas pele. É uma forma de urticária, sendo também chamado de urticária factícia ou urticária falsa.A urticária clássica se caracteriza pelo surgimento de placas avermelhadas que se acompanham de coceira na pele, podendo ter causas variadas, como medicamentos, alimentos, certas doenças, entre outras causas – veja post sobre o tema neste mesmo Blog. No caso do dermografismo, após pressão sobre um determinado local no corpo, a coceira surge em primeiro lugar e só depois de se coçar é que surgem as placas. Por isso, é comum que se inicie em locais onde a roupa aperta, elásticos, alça do soutien. O dermografismo faz parte de um grupo de urticárias deno...