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Mostrando postagens de julho, 2015

Alergia a penicilina

A alergia a penicilina de fato existe, mas não é tão frequente quanto se imaginava. Isso porque antigamente exigia-se um teste antes de o paciente receber esta medicação. Esse “teste” era feito em farmácias e de forma inadequada. Conclusão: a irritação que tal procedimento ocasionava dava um falso positivo e aí achava-se que a pessoa fosse alérgica... Outro problema é que muitas vezes o antibiótico é usado para certas infecções que na verdade são viroses. No segundo ou terceiro dia aparece um exantema (“grosseiro”) característico desse tipo de infecção e acaba-se achando, erroneamente, que foi o antibiótico que deu a “alergia”...  Desta forma, é uma situação relativamente comum na prática do alergista, o(a) paciente querer saber:  - Eu tenho alergia a penicilina?  A penicilina é o mais antigo dos antibióticos, tendo sido descoberta em 1928 pelo médico Alexander Fleming e seus derivados continuam até hoje sendo amplamente utilizados na prática médica.  As penicilinas são, na

Rouquidão é alergia?

Rouquidão (ou disfonia) é a mudança aguda (de curta duração) ou crônica (de longa duração) no tom da voz, em geral para um tom mais áspero, o que por vezes resulta em falta de clareza do som emitido.  A rouquidão é funcional quando se deve a um uso excessivo ou inadequado da voz e orgânica quando se deve a alterações do aparelho fonador.  Na verdade, o termo disfonia, embora usado neste sentido, não é totalmente adequado, uma vez que disfonia faz referência a toda e qualquer dificuldade na emissão vocal e não somente à rouquidão. Qual é a fisiopatologia da rouquidão?   A voz é produzida quando o ar expelido pelos pulmões passa pelas cordas vocais, provocando a vibração delas. O tom da voz varia de acordo com fatores como sexo, idade, inervação, tônus muscular, etc. O som que produz a voz é amplificado na faringe, boca e nariz e articulado na cavidade oral. As cordas vocais ficam localizadas na laringe, tubo que comunica a traqueia com a cavidade oral.  Quando o ar que sai

Alergia a roupas

Roupas podem ser confeccionadas com diferentes tipos de tecidos, como: algodão, linho, lã, nylon, poliéster, entre outros. Nem toda reação provocada por roupas é alergia. Quando ocorre, a alergia ocorre por determinados componentes de tecidos. Na maioria das vezes o processo não é alérgico, ocorrendo em resposta a processos irritativos ou de intolerância.  Este tema foi recentemente publicado pela Academia Espanhola de Dermatologia e chamou a atenção para 2 pontos básicos:  1) A intolerância à roupa ocorre em pessoas com pele suscetível. Por exemplo, portadores de dermatite atópica tendem a ter pele seca, sensível e hiper-reativa. Outro exemplo é das pessoas portadoras de dermografismo ou de outras formas de urticária. Nestes casos o contato com etiquetas e determinados tipos de tecidos, em geral sintéticos, pode produzir desconforto, comichão e coceira. Dependendo de cada caso, poderão surgir irritações na pele ou agravar lesões pré-existentes. É importante enfatizar que não s