Rinite Alérgica: seja dono do seu nariz!

Crises de espirros, nariz escorrendo, entupido e coçando, olhos lacrimejando, quem já não passou por isso? Mas, quando se escuta: "gripado novamente?" ou então: " voce vive gripado"- é hora de desconfiar que não é gripe mas sim uma rinite, que assemelha-se a um estado gripal, mas tem mecanismos e causas diferentes.

Rinite alérgica é uma doença frequente, que ocorre em qualquer idade, acometendo cerca de 20% da população. Não é uma queixa valorizada pelas pessoas, que são capazes de tolerar um incômodo nasal por longo tempo, porque acreditam (erradamente) que não seja um problema sério.

Sintomas principais da rinite alérgica

espirros repetidos, coriza ("nariz escorrendo"),

congestão (entupimento), coceira do nariz, olhos, ouvidos e garganta

Os sintomas surgem após a inalação da substância que provoca alergia (como poeira, mofo, etc.) Ocorrem como consequência de uma reação de defesa do organismo (imunológica). Anticorpos especiais - chamados IgE, que o alérgico fabrica em grande quantidade, reagem com o alérgeno (substancia que provoca alergia), provocando a liberação de substâncias químicas pelo mastócito (mediadores), provocando uma inflamação, que causa os sintomas.A repetição do processo alérgico leva a uma inflamação crônica que permanece mesmo quando a pessoa não está em crise.

Cada pessoa é uma pessoa diferente e é preciso investigar o que poderia estar causando os sintomas, seja na casa em que mora, na escola ou no trabalho. Até mesmo os hábitos, diversões, hobbies, devem ser pesquisados.

Complicações da rinite:

Se o problema persiste, por tempo prolongado - meses ou até anos, a mucosa nasal torna-se congestionada, as narinas entopem, obrigando a pessoa a respirar com a boca aberta (ou semi aberta): é a chamada "respiração bucal". de problema é que a boca não substitui o trabalho do nariz e portanto não filtrar Assim, começa a surgir desconforto na garganta - que pode variar desde um pigarro, ressecamento, até amigdalites ou faringites repetidas. Não raro, surge também queixa de voz anasalada . O ressecamento da boca provoca também aumento de cáries.Nas crianças, a respiração bucal prolongada pode levar também à diminuição do apetite, sono agitado (dormem mal, roncam à noite, babam no travesseiro. Pode também causar o aparecimento de alterações dentárias, como a dentição protusa ("dentuço"), e ainda rande problema é que a boca não substitui o trabalho do nariz e portanto não filtrar prejudicar a dinâmica respiratória e provocar o aparecimento de deformidades do tórax, mesmo quando a criança não tem asma.

Outras complicações: o grande problema é que a boca não substitui o trabalho do nariz e portanto não filtrar sinusites, inflamações do ouvido repetidas, aumento (hipertrofia) das adenóides, alterações do olfato, do paladar, da audição, dores de cabeça, falta de ar, tosse, febre, olheiras, conjuntivite e alterações oculares.

Rinite, sinusite e asma: uma rinite pode provocar piora ou provocação de asma. Em alguns casos a rinite provoca sinusite, que por sua vez, complica a asma. Uma situação comum é a pessoa que evolui com longos anos de rinite sem tratamento e passa a ter asma.

A rinite alérgica não provoca desconforto apenas pelos sintomas nasais, mas também acarreta um forte impacto sobre a qualidade de vida da pessoa. Assim, se não é uma doença grave, comparada com a asma, por exemplo, pode tornar-se uma doença muito trabalhosa, prejudicando a pessoa no trabalho, nas aulas, no descanso e até no convívio social, seja adulto ou criança.

Tratamento da rinite: Tratar a rinite não significa apenas dar alívio imediato aos sintomas mas sim trabalhar para que a pessoa volte ao seu estado normal, corrigindo as consequências da doença.

O primeiro passo é procurar estabelecer a causa da rinite e, se possível, afastá-la através de medidas de controle do ambiente, com recomendações especiais para a limpeza da casa e do quarto do alérgico . Este é o tratamento ideal e muitas vezes, suficiente. No entanto, como nem sempre é possível o afastamento total, como no caso da poeira domiciliar, procede-se o segundo passo que consiste na escolha dos medicamentos que serão utilizados para reduzir a inflamação e controlar os sintomas.

Finalmente, estabelece-se o terceiro passo, que é o uso de vacinas, também chamado de imunoterapia.