Pular para o conteúdo principal

Alergia e Animais de Estimação




Cães e gatos são os principais responsáveis pelas crises pelo simples fato de estarem mais perto das pessoas. Alguns chegam a dormir na mesma cama, mas outros bichinhos, como hamster, chinchila e passarinhos – também tratados como bichinhos de estimação – são possíveis de provocarem alergia. 

Conheça mitos e verdades sobre as alergias e animais de estimação

Animais de pelo curto provocam menos alergia. 
MITO. 
Isso porque não é só o pelo do animal que provoca reações alérgicas. A descamação que ocorre na pele, a urina – que permanece no ambiente mesmo depois de limpo – e até a saliva do bichinho também são fatores desencadeantes das crises. “Às vezes, nem é preciso ter o gato ou cachorro em casa. Mas ele pode ter crises ao frequentar um lugar com esses bichos, como a casa da avó ou de um amigo”, explica Pastorino. 

Criança com asma deve ficar longe de cachorros e gatos. 
MITO. 
Para começar, é preciso saber o que desencadeia a asma na criança. Segundo a médica Ana Paula Castro, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), um dos principais desencadeantes da asma é o ácaro presente na poeira domiciliar. No entanto, como o pelo do cachorro também pode ter ácaro, é mais seguro manter o animal fora de casa, retirando-o principalmente do quarto do filho. Mas não corte totalmente o contato. Às vezes a crise asmática é provocada justamente pelo estresse da criança ao saber que pode ficar longe do bicho. 

Mulheres grávidas devem evitar contato com gatos
VERDADE. 
Mas esse cuidado não se deve apenas à alergia mas, sim, à incidência de toxoplasmose. Essa doença é causada por um parasita presente nas fezes de gatos e, quando afeta as mulheres grávidas, pode provocar um aborto ou deixar sequelas na criança, como cegueira ou microcefalia. 

Fezes secas de passarinho causam alergias. 
VERDADE. 
As penas podem ser alergênicas, mas as fezes podem conter fungos, assim como o alpiste e a serragem usada em algumas gaiolas, que pioram a alergia. Também é importante lembrar que os fungos causam outras doenças. 

Retirar o contato do animal com a criança alérgica é o recomendado
VERDADE. 
Se ao entrar em contato com o cachorro, gato, hamster ou outro animal, a criança apresentar espirro, tosse, falta de ar ou outra reação alérgica – principalmente respiratória –, é importante retirar o bicho do contato diário, até que se comprove o fator desencadeante da alergia. Para descobrir, o mais indicado é fazer o exame de sangue para detectar o alérgeno, mas observar a reação da criança por um período pode dar um sinal da causa da alergia. 

Dar banho no cachorro a cada 2 dias evita a alergia. 
MITO. 
O banho semanal ou quinzenal já é suficiente para manter o animal, seja cachorro ou gato, limpo e evitar o risco de crises alérgicas. Além disso, dar banhos muito frequentes nos bichinhos pode ser prejudicial para eles. 

Existem animais que não causam alergias. 
MITO. 
Em tese, todos os animais têm um potencial alergênico. Isso depende de cada pessoa. O problema é que animais livres, como cães e gatos, circulam mais pela casa, por isso são apontados como maiores causadores. 

Ter contato com animais ainda criança pode prevenir alergias futuras. 
VERDADE. 
Uma pesquisa publicada na revista Clinical & Experimental Allergy, em 2011, mostrou que crianças que convivem com animais desde o primeiro ano de vida tendem a ter menos sensibilidade a seus alérgenos. Portanto, o contato saudável, feito de maneira moderada, pode ser uma boa, sim. Mas tudo depende da genética. Se pai e mãe forem alérgicos, os cuidados devem ser redobrados, já que a criança tem grandes chances também de apresentar alergias.

Adaptado de: Fonte

Comentários

  1. Adorei todas as tuas dicas sobre alergias! Serão super uteis!!!!

    ResponderExcluir
  2. Sagui Boa noite. Agradeço em nome da equipe do Blog da Alergia. As suas palavras são um incentivo ao nosso trabalho voluntário.

    ResponderExcluir
  3. Muito boa as explicações, sou alérgica desde criança e nunca encontrei explicações tão boas. Agora que minha bebê nasceu, voltei a procurar sobre o assunto, pois creio que ela não vai conseguir escapar de ter alergia e foi então que encontrei o blog de vocês. Maravilhoso! Parabéns e muito obrigada!

    ResponderExcluir
  4. Obrigada a você, Jessika por sua participação e pelo incentivo ao nosso trabalho voluntário no Blog da Alergia.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

"Os comentários publicados sistema são de exclusiva e integral responsabilidade e autoria dos leitores que dele fizerem uso. Os autores deste blog reservam-se, desde já, o direito de excluir comentários e textos que julgarem ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros. Textos de caráter promocional ou sem a devida identificação de seu autor também poderão ser excluídos".

Postagens mais visitadas deste blog

Alergias e reações na pele causadas por plantas

A natureza nos presenteia diariamente com plantas e flores proporcionando uma festa não apenas para os olhos mas para todos os sentidos. A sua utilidade prática é indiscutível e múltipla, seja purificando o ar, seja servindo como alimento ou como base para construção de habitações, na manufatura de mobiliário, utensílios, cosméticos, medicamentos, entre tantas outras aplicações. Se apenas tivessem o papel de embelezar, já seriam fundamentais, aliviando a dureza do cotidiano e transmitindo paz numa convivência harmoniosa de longa data com o ser humano. Mas, em algumas situações, a pele pode desenvolver reações quando entra em contato com plantas e daí pode coçar, se tornar vermelha, apresentar uma erupção cutânea e até inflamar. Estas reações surgem pelo contato com a pele, algumas puramente por irritação direta e outras, por mecanismo alérgico. Até mesmo árvores podem produzir um eczema de contato alérgico, sendo o exemplo mais conhecido a Aroeira, uma árvore de madei

Pitiríase rósea

É uma doença conhecida desde 1860, quando foi descrita por Camille M. Gibert, sendo conhecida também como Pitiríase rósea de Gibert. Não se conhece exatamente a causa, mas parece que a hipótese mais viável é que seja ocasionada por vírus, como por exemplo, o vírus do herpes. Mas, é possível que dependa de uma tendência genética do indivíduo, o que seria um facilitador do aparecimento da doença. Questiona-se também outros mecanismos, envolvendo alguns tipos de medicamentos, autoimune, associação com outras doenças, etc. Fatores psicológicos ou estresse podem facilitar o aparecimento da doença, assim como alterações da imunidade e gravidez. Não é contagiosa. É mais comum em adultos, acometendo mulheres e homens, sendo rara em crianças pequenas e em idosos, ocorrendo preferencialmente na primavera e no outono. O maior problema é que sua evolução pode ser prolongada e durar de semanas a meses, assustando o doente. Em alguns casos pode recidivar, mas não é comum que aconteça Quadro c

Dermografismo

A bolsa pesada marca o seu braço? A roupa apertada, a alça do soutien, o elástico da roupa faz você coçar e empolar? Atenção: pode ser dermografismo! Dermografismo é uma doença da pele que afeta cerca de 5% da população e que se caracteriza pelo aparecimento de coceira intensa em locais de pressão. Após o ato de coçar surgem “lanhos” vermelhos nas pele. É uma forma de urticária, sendo também chamado de urticária factícia ou urticária falsa.A urticária clássica se caracteriza pelo surgimento de placas avermelhadas que se acompanham de coceira na pele, podendo ter causas variadas, como medicamentos, alimentos, certas doenças, entre outras causas – veja post sobre o tema neste mesmo Blog. No caso do dermografismo, após pressão sobre um determinado local no corpo, a coceira surge em primeiro lugar e só depois de se coçar é que surgem as placas. Por isso, é comum que se inicie em locais onde a roupa aperta, elásticos, alça do soutien. O dermografismo faz parte de um grupo de urticárias deno