Os principais fatores desencadeantes de asma são:
. Alergia: poeira, mofo, pelo de animais;
. Irritantes: cheiros ativos, fumaças, mudanças de temperatura;
. Infecções;
. Medicações;
. Fatores emocionais; etc.
Alimentos são causas mais raras de asma, ocorrendo em pouco mais do que 5% dos casos, em especial nas crianças pequenas. Por isso, habitualmente não se recomenda uma dieta especial aos portadores de asma, a não ser que seja comprovada uma alergia alimentar.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que o leite materno seja a alimentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida, pois trata-se de um alimento completo, rico em nutrientes e ainda, porque este hábito protegeria a criança contra determinadas doenças. Estudos científicos mostram que crianças amamentadas têm menores taxas de asma, rinite e eczema atópico.
Contudo, recentemente foi publicado um trabalho no Canadá (Universidade de Alberta) que estudou 700 crianças entre 8 a 10 anos de idade, através de questionários. Destas, cerca de 250 tinham asma e 47 não. Ao final, este estudo confirmou os benefícios do aleitamento prolongado, mas também apontou que crianças habituadas a comer em lanchonetes do tipo “fast food” perderiam os efeitos benéficos do aleitamento e estariam mais sujeitas a asma. Interessante notar que mais da metade das crianças incluídas no estudo declararam que comiam fast food pelo menos duas vezes por semana. E concluíram o estudo questionando se os hábitos modernos alimentares poderiam estar contribuindo para os altos índices de asma verificados nos últimos anos.
Trabalhos anteriores já vinham chamando a atenção para a relação entre a alimentação em fast food e asma. Um pesquisador da Nova Zelândia, Dr. Kristen Wickens publicou em 2006 um trabalho, parte do “Estudo ISAAC” - International Study of Asthma and Allergies, onde estudou 1300 estudantes entre 10 e 12 anos de idade, baseado em questionários, testes alérgicos e avaliações da função pulmonar. Concluiu que as crianças que tinham hábito de se alimentar com refeições rápidas, em especial à base de batata frita, refrigerantes e hamburguers (em suas formas variadas) tinham maior prevalência de asma.
A vida moderna exige pressa, para adultos e crianças, favorecendo a procura por refeições rápidas, mas nem sempre balanceadas do ponto de vista nutritivo. A criança é a presa mais fácil desta armadilha, pois se atrai pela comida colorida, saborosa e fácil de mastigar, sem contar os atrativos oferecidos pelas grandes redes com propagandas coloridas, ofertas de brinquedos atrativos como brindes, áreas de recreação, etc., seduzindo o pequeno cliente.
É claro que novos estudos serão necessários para confirmar e para definir as razões da relação entre fast food e asma.
- Adiar o máximo possível a estreia nas lanchonetes. Habituar a criança desde pequena a apreciar alimentos saudáveis.
- Negociar com a criança um número de vezes em que poderá ir às lanchonetes.
- Contrabalançar com refeições mais leves.
- Comprar porções menores, evitando as promoções que em geral são feitas estimulando a compra dos sanduíches e batatas fritas em apresentações maiores.
- Estimular a escolha de sanduíches menos calóricos, com menos maionese ou molhos exagerados.
- Escolher sucos ao invés de refrigerantes.
- Aos que argumentam a falta de tempo como justificativa: restaurantes modernos oferecem opções a peso que também podem ser rápidas e até mais baratas. Com a vantagem de oferecer alimentos com valor nutritivo superior aos sanduíches.
Leia mais em:
http://www3.interscience.wiley.com/journal/121645882/abstract
http://www.nzherald.co.nz/nz/news/article.cfm?c_id=1&objectid=10354170
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