De acordo com a médica Maria Elisa Bertocco Andrade, diretora científica adjunta da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), isso acontece porque, longe da luz e da ventilação, essas peças se tornam abrigo perfeito para os ácaros, micro-organismos que se alimentam da pele humana e cujos fragmentos podem desencadear reações em pessoas com alergias respiratórias (como asma e rinite ) ou cutâneas (como a dermatite atópica). Não é o ácaro vivo que causa alergias, mas sim seus fragmentos e excrementos. “Eles contêm substâncias que desencadeiam uma reação do organismo, levando à produção de anticorpos IgE. Estes ativam os mastócitos, que liberam mediadores responsáveis pelos sintomas alérgicos”. As alergias cutâneas, segundo a diretora científica, vão provocar coceiras, inflamações na pele e vermelhidões. Em casos mais graves, também podem levar ao surgimento de fissuras, acompanhadas de sangramentos. “No caso das alergias respiratórias, os sintomas da ri...