Em um artigo publicado no último dia 15 na revista científica Immunity, pesquisadores da Universidade de Monash, na Austrália, indicam que a o uso frequente dessas medicações provoca uma desregulação das bactérias intestinais, interrompendo a produção de IPA (ácido indol-3-propiônico). Esta substância ajuda a prevenir quadros alérgicos. Sendo assim, o uso excessivo de antibióticos na infância pode provocar um maior risco de desenvolver alergias na fase adulta.
Os cientistas também constataram que a disbiose diminuiu os níveis de IPA, mas a boa notícia é que, ao isolar a substância e suplementá-la em animais jovens, foi possível protegê-los de inflamações alérgicas na idade adulta.
O estudo foi realizado em camundongos e ainda não oferece conclusões categóricas sobre o modo como antibióticos levam a alergias respiratórias, nem apresenta uma nova forma de tratamento comprovada em humanos.
Não é por acaso que a associação entre alergia e disbiose é investigada por cientistas. A microbiota intestinal reúne trilhões de microrganismos fundamentais ao metabolismo humano e ao sistema imunológico, e calcula-se que 70% das células imunes estão presentes no intestino. Além disso, a banalização do uso poderia fortalecer bactérias a nível global, levando a um problema de saúde pública.
No Brasil, desde 2010 a venda de antibióticos só é feita mediante receita médica, com objetivo de diminuir a resistência bacteriana. Mas, além de aprimorar o olhar de profissionais da saúde para a questão, especialistas defendem que é preciso ainda conscientizar a população sobre o problema.
Leia o artigo na íntegra, clicando neste link.
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