Quem tem asma tem maior risco de ter a Covid-19?
Até o momento, não existe evidência de que pessoas com asma
tenham maior risco de ter Covid-19.
2. O paciente asmático tem maior risco de ter a Covid-19
mais grave?
Os estudos até o momento não mostraram maior gravidade da
Covid-19 nos pacientes com asma moderada. Asmáticos graves, necessitando uso
recorrente do corticoide sistêmico, parecem ter maior risco de evolução grave.
3.O asmático deve modificar seu tratamento durante
a pandemia?
Não. É muito importante que o asmático mantenha o tratamento
da asma sob controle. O uso dos medicamentos, como os corticoides inalados
associados aos broncodilatadores, bem como os imunobiológicos são seguros e
necessários. O tratamento deve ser escolhido de forma individualizada, caso a
caso.
Recomenda-se suspender o uso de nebulizadores, pois podem
aumentar a dispersão de partículas aéreas. Preferir sprays e inaladores de pó.
Asmáticos devem se vacinar contra Covid-19?
Sim. As vacinas podem ser realizadas em pessoas com asma
leve a moderada. Pacientes com asma grave são considerados grupo prioritário para
receber a vacina.
5.Existe risco na vacinação de asmáticos?
Vacina de vírus inativado – CoronaVac – estudos clínicos de
fase III demonstraram uma frequência de eventos de 50,8% em adultos e 36,4% em
idosos. Não ocorreu nenhuma reação adversa grave.
Vacina de vetor viral Oxford/AstraZeneca: a maioria dos
eventos adversos foram leves ou moderados e não houve descrição de eventos
sérios em pacientes com asma grave.
As vacinas da Pfizer e Moderna (não disponíveis no Brasil) não
reportaram reações adversas específicas em asmáticos.
6. Pacientes com asma que usam corticoides
sistêmicos ou imunobiológicos podem ser vacinados contra Covid-19?
Como as vacinas anti-SARS-cov-2 disponíveis não contém vírus
viável, que possa se reproduzir, não existe possibilidade de infecções geradas
pela própria vacina, independente do uso de qualquer medicamento.
Em relação aos asmáticos que utilizam medicamentos que
possam diminuir a imunidade, como os corticoides em doses imunossupressoras, a
menor resposta vacinal é uma preocupação justificável. No caso do uso dos anticorpos
monoclonais que têm como alvo a inflamação tipo 2 da asma, há evidências que
não alteram as respostas vacinais
Estas respostas foram elaboradas pelas equipes da ASBAI (associação Brasileira de Alergia e Imunologia) e SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia). Leia a íntegra aqui:
https://asbai.org.br/wp-content/uploads/2015/12/Asma-COVID-19-SBAI-AMB.pdf
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