1. A conjuntivite alérgica corresponde a uma inflamação da conjuntiva, de origem alérgica.
O aspecto é de olho vermelho, na maioria das vezes bilateral, podendo se acompanhar de muco. É mais frequente em crianças, mas pode aparecer em qualquer idade, podendo afetar até 20% da população.
2. Olhos avermelhados, lacrimejando e coçando - a tríade de sinais e sintomas
As principais manifestações clínicas, além do olho vermelho (hiperemia), são o lacrimejamento aumentado e a coceira (prurido). Nas situações moderadas a graves surge o inchaço (edema) de palpebras. Em geral, a criança coça e pisca muito os olhos.
3. Não é infecciosa nem contagiosa
Não sendo causada por agentes infecciosos, como bactérias ou vírus, este tipo de conjuntivite não é contagiosa. Isto é importante porque os sinais e sintomas podem confundir com uma conjuntivite infecciosa, daí a necessidade de uma avaliação oftalmológica.
4. Associa-se frequentemente com outras manifestações alérgicas
É mais frequente em situações de atopia, em que além da conjuntivite alérgica estão presentes também: rinite, asma, sinusite, dermatite atópica. No entanto, não é obrigatório, e pode ocorrer como manifestação isolada.
5. É causada por diferentes tipos de alérgenos
A alergia pode ocorrer por diferentes alérgenos alguns sazonais (como pólens de árvores) e outros perenes (como ácaros). Na forma sazonal a conjuntivite alérgica ocorre sobretudo na Primavera e Verão. Já a forma perene pode ocorrer em qualquer período do ano. A doença pode variar geograficamente, de acordo com os fatores ambientais presentes em diferentes regiões.
6. Evitar agentes desencadeantes/agravantes é uma medida eficaz
Quando se detecta a causa que provoca a alergia, o afastamento ou o controle desses agentes é muito eficaz. O exemplo clássico é o da alergia ao pelo do gato, em que ao se abolir o contato com o animal as queixas desaparecem.
7. O tratamento farmacológico de primeira linha são colírios
O tratamento inicial da conjuntivite alérgica é tópico, ou seja, de aplicação local por meio da colocação de gotas oftálmicas. Há diferentes classes farmacológicas que podem ser usadas, desde lubrificantes oculares colocados refrigerados (gotas frias que diminuem a inflamação) até os antialérgicos tópicos (anti-histamínicos e estabilizadores dos mastócitos).
8. Há medicação específica e exclusiva para as exacerbações
Nos períodos de manifestação mais grave da doença são usados colírios anti-inflamatórios contendo corticoides, sempre sob vigilância médica. Este tipo de medicação é muito eficaz, mas só pode ser usado por tempo curto e orientado por médico.
9. Há casos de difícil controle
Alguns casos são de difícil controle, seja porque não respondem bem ao tratamento ou porque recidivam rapidamente. O oftalmologista pode indicar tratamento oral adjuvante nestas situações e encaminhar para avaliação por imunoalergologista.
10. O prognóstico visual é quase sempre ótimo
A maioria das crianças não desenvolve consequências ao nível da visão, sobretudo quando a doença é bem controlada. O seguimento oftalmológico periódico é sempre aconselhado nestas situações.
Fonte: SAPO
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