A rinite alérgica é uma doença que tem prevalência significativa nas pessoas com mais de 60 anos de idade. Trata-se de uma doença de pouca gravidade, porém que interfere significativamente no bem estar de seu portador.
A rinite alérgica é diferente no idoso?
Não. Mas, as alterações próprias do envelhecimento nas vias respiratórias superiores podem agravar os sintomas comuns da rinite. Em geral a mucosa do nariz é mais ressecada, o que favorece o sangramento nasal e facilita o aparecimento de infecções secundárias.
O aumento da secreção de muco espesso e consequente drenagem para traz do nariz faz com que haja uma agressão da mucosa da garganta, provocando pigarro persistente, rouquidão, ressecamento nasal, diminuição do olfato e tosse crônica, com prejuízo do sono e do repouso do paciente.
Características do envelhecimento nas vias respiratórias superiores
Redução do conteúdo hídrico da mucosa nasal, resultando em ressecamento das narinas. Redução do fluxo sanguíneo nasal.
Atrofia das fibras colágenas do tecido de sustentação nasal associada ao enfraquecimento da cartilagem nasal, ocasionando maior colabamento das narinas. Diminuição da função mucociliar responsável pela filtração do ar inspirado. Aumento significativo do gotejamento pós nasal com consequente ação irritativa sobre a mucosa de faringe, traquéia e brônquios.
Porque a rinite aparece?
A rinite alérgica tem causa genética, mas sofre grande influência de fatores do ambiente. Algumas pessoas têm sintomas iniciados na infância, outras já adultos ou ainda podem iniciar na terceira idade.
O fator mais importante é a alergia aos ácaros da poeira domiciliar, epitélios de animais domésticos, mofos (fungos) e fragmentos de baratas. Pólens de plantas e gramas são alérgenos importantes na região sul do Brasil.
Fatores não alérgicos como mudanças de tempo, odores ativos e fumaças também são importantes desencadeantes de crises de rinite em pacientes predispostos. Além disso, em grandes cidades, muitas vezes ambientes poluídos e inadequados perpetuam a agressão respiratória.
É importante procurar a relação de causa-efeito entre as exposições a substâncias dentro de casa e o aparecimento dos sintomas, assim como a participação de irritantes como fumaça de cigarro, poluentes ambientais, perfumes e desinfetantes. Mais raramente participam problemas de ordem emocional ou alimentos.
No idoso, o ambiente domiciliar é importante porque nesta faixa etária as pessoas permanecem em casa ou no dormitório grande parte de seu tempo.
É também indicado investigar a história de alergia na família e relatos de outras doenças alérgicas no passado como eczema, conjuntivite e asma.
Sintomas da rinite
Os sintomas da rinite compreendem espirros repetidos, coriza abundante, entupimento e coceira nasal. À medida que o processo inflamatório alérgico piora compromete a mucosa de estruturas vizinhas, resultando em manifestações em olhos, ouvidos, seios da face, garganta e pulmões.
Sinais e sintomas clássicos
- Coceira no nariz (prurido nasal),
- Espirros (quase sempre espirros em salva, ou seja, vários seguidos),
- Secreção aquosa (coriza) do tipo “clara de ovo”
- Obstrução (entupimento) nasal.
Podem ocorrer também: lacrimejamento e coceira nos olhos, céu da boca, ouvidos e garganta. É comum a sensação de corrimento de secreção pela parte de trás do nariz para a garganta, conhecido pelo nome de gotejamento pós nasal, que pode provocar pigarro ou tosse insistente.A rinite alérgica se acompanha de uma inflamação na cavidade interna do nariz, cuja mucosa fica pálida, inchada e úmida, com secreção aquosa ou espessa. Nos casos mais intensos e demorados de rinite, a secreção pode se modificar e tornar-se pegajosa, espessa e amarelada, principalmente quando ocorre infecção secundária no nariz e nos seios da face.
Doenças que podem acompanhar a rinite alérgica
Asma
Cerca de 30% dos pacientes com rinite podem ter asma concomitante, enquanto que 80% dos asmáticos podem ter rinite. Não é incomum que um paciente que tenha apresentado asma na infância, mantendo sintomas nasais por longos anos, volte a apresentar episódios asmáticos após os 60 anos. Como a rinite e a sinusite (rinossinusite) são significativos fatores desencadeantes de asma, o controle efetivo dos sintomas das vias aéreas superiores é condição importante para prevenção de crises de asma.
Conjuntivite
Sintomas recorrentes de conjuntivite como lacrimejamento, coceira e vermelhidão nos olhos são achados clínicos frequentes entre os idosos portadores de rinite alérgica.
Tosse
Episódios recorrentes de tosse predominantemente noturnos ou matutinos podem ser causados e desencadeados pela drenagem da secreção pós nasal durante o sono.
Sinusite
Os seios da face são um conjunto de cavidades ósseas localizadas próximas ao nariz, sendo uma de suas funções auxiliar o nariz no trabalho de filtração, umedecimento e aquecimento do ar que se respira. Chama-se de sinusite a inflamação desses seios da face.
A presença de sintomas de sinusite é achado frequente nas rinites alérgicas.
Os seios da face são revestidos da mesma mucosa que recobre internamente o nariz que, ao tornar-se inflamada, obstrui os orifícios de comunicação entre o nariz e estes seios, retendo a secreção e provocando os sintomas de dor de cabeça, peso facial, congestão e secreção nasal. No entanto, muitas vezes, a tosse que piora à noite é o sintoma mais importante.
A sinusite pode piorar a rinite ou provocar complicações como infecções nos olhos, pulmões e até crises de asma. Por isso é tão importante que seja detectada e tratada adequadamente.
Otite
A obstrução do conduto que liga o nariz ao ouvido e consequente acumulo de secreção, torna o paciente mais suscetível ao aparecimento de otite, muitas vezes acompanhada da diminuição da audição.
Distúrbios do sono
Roncos, despertares noturnos, dificuldades respiratórias e interferência no sono desencadeados pela obstrução nasal crônica, podem acarretar sonolência diurna, alterações de humor, dificuldade de concentração e até mesmo aumento da pressão arterial, resultando em impacto negativo na qualidade de vida do idoso.
Alterações de paladar e olfato
A rinite alérgica muitas vezes provoca alteração na mucosa nasal, podendo determinar diminuição do paladar e do olfato.
Pólipos nasais
Em alguns portadores de rinite alérgica crônica, a inflamação repetida da mucosa faz com apareçam os chamados pólipos nasais (crescimento da mucosa). Os pólipos provocam obstrução intensa e permanente, merecendo tratamento especial. Há um tipo de hipersensibilidade à aspirina que se caracteriza pela formação de pólipos e asma grave.
Tratamento da Rinite
- Tratamento das doenças associadas
- Medicamentos para tratar e outros para prevenir crises
- Imunoterapia com alérgenos (vacina para alergia) - nos casos indicados
O acompanhamento com especialista permite um tratamento global, controle da doença e melhora da qualidade de vida para idosos.
A rinite alérgica é diferente no idoso?
Não. Mas, as alterações próprias do envelhecimento nas vias respiratórias superiores podem agravar os sintomas comuns da rinite. Em geral a mucosa do nariz é mais ressecada, o que favorece o sangramento nasal e facilita o aparecimento de infecções secundárias.
O aumento da secreção de muco espesso e consequente drenagem para traz do nariz faz com que haja uma agressão da mucosa da garganta, provocando pigarro persistente, rouquidão, ressecamento nasal, diminuição do olfato e tosse crônica, com prejuízo do sono e do repouso do paciente.
Características do envelhecimento nas vias respiratórias superiores
Redução do conteúdo hídrico da mucosa nasal, resultando em ressecamento das narinas. Redução do fluxo sanguíneo nasal.
Atrofia das fibras colágenas do tecido de sustentação nasal associada ao enfraquecimento da cartilagem nasal, ocasionando maior colabamento das narinas. Diminuição da função mucociliar responsável pela filtração do ar inspirado. Aumento significativo do gotejamento pós nasal com consequente ação irritativa sobre a mucosa de faringe, traquéia e brônquios.
Porque a rinite aparece?
A rinite alérgica tem causa genética, mas sofre grande influência de fatores do ambiente. Algumas pessoas têm sintomas iniciados na infância, outras já adultos ou ainda podem iniciar na terceira idade.
O fator mais importante é a alergia aos ácaros da poeira domiciliar, epitélios de animais domésticos, mofos (fungos) e fragmentos de baratas. Pólens de plantas e gramas são alérgenos importantes na região sul do Brasil.
Fatores não alérgicos como mudanças de tempo, odores ativos e fumaças também são importantes desencadeantes de crises de rinite em pacientes predispostos. Além disso, em grandes cidades, muitas vezes ambientes poluídos e inadequados perpetuam a agressão respiratória.
É importante procurar a relação de causa-efeito entre as exposições a substâncias dentro de casa e o aparecimento dos sintomas, assim como a participação de irritantes como fumaça de cigarro, poluentes ambientais, perfumes e desinfetantes. Mais raramente participam problemas de ordem emocional ou alimentos.
No idoso, o ambiente domiciliar é importante porque nesta faixa etária as pessoas permanecem em casa ou no dormitório grande parte de seu tempo.
É também indicado investigar a história de alergia na família e relatos de outras doenças alérgicas no passado como eczema, conjuntivite e asma.
Sintomas da rinite
Os sintomas da rinite compreendem espirros repetidos, coriza abundante, entupimento e coceira nasal. À medida que o processo inflamatório alérgico piora compromete a mucosa de estruturas vizinhas, resultando em manifestações em olhos, ouvidos, seios da face, garganta e pulmões.
Sinais e sintomas clássicos
- Coceira no nariz (prurido nasal),
- Espirros (quase sempre espirros em salva, ou seja, vários seguidos),
- Secreção aquosa (coriza) do tipo “clara de ovo”
- Obstrução (entupimento) nasal.
Podem ocorrer também: lacrimejamento e coceira nos olhos, céu da boca, ouvidos e garganta. É comum a sensação de corrimento de secreção pela parte de trás do nariz para a garganta, conhecido pelo nome de gotejamento pós nasal, que pode provocar pigarro ou tosse insistente.A rinite alérgica se acompanha de uma inflamação na cavidade interna do nariz, cuja mucosa fica pálida, inchada e úmida, com secreção aquosa ou espessa. Nos casos mais intensos e demorados de rinite, a secreção pode se modificar e tornar-se pegajosa, espessa e amarelada, principalmente quando ocorre infecção secundária no nariz e nos seios da face.
Doenças que podem acompanhar a rinite alérgica
Asma
Cerca de 30% dos pacientes com rinite podem ter asma concomitante, enquanto que 80% dos asmáticos podem ter rinite. Não é incomum que um paciente que tenha apresentado asma na infância, mantendo sintomas nasais por longos anos, volte a apresentar episódios asmáticos após os 60 anos. Como a rinite e a sinusite (rinossinusite) são significativos fatores desencadeantes de asma, o controle efetivo dos sintomas das vias aéreas superiores é condição importante para prevenção de crises de asma.
Conjuntivite
Sintomas recorrentes de conjuntivite como lacrimejamento, coceira e vermelhidão nos olhos são achados clínicos frequentes entre os idosos portadores de rinite alérgica.
Tosse
Episódios recorrentes de tosse predominantemente noturnos ou matutinos podem ser causados e desencadeados pela drenagem da secreção pós nasal durante o sono.
Sinusite
Os seios da face são um conjunto de cavidades ósseas localizadas próximas ao nariz, sendo uma de suas funções auxiliar o nariz no trabalho de filtração, umedecimento e aquecimento do ar que se respira. Chama-se de sinusite a inflamação desses seios da face.
A presença de sintomas de sinusite é achado frequente nas rinites alérgicas.
Os seios da face são revestidos da mesma mucosa que recobre internamente o nariz que, ao tornar-se inflamada, obstrui os orifícios de comunicação entre o nariz e estes seios, retendo a secreção e provocando os sintomas de dor de cabeça, peso facial, congestão e secreção nasal. No entanto, muitas vezes, a tosse que piora à noite é o sintoma mais importante.
A sinusite pode piorar a rinite ou provocar complicações como infecções nos olhos, pulmões e até crises de asma. Por isso é tão importante que seja detectada e tratada adequadamente.
Otite
A obstrução do conduto que liga o nariz ao ouvido e consequente acumulo de secreção, torna o paciente mais suscetível ao aparecimento de otite, muitas vezes acompanhada da diminuição da audição.
Distúrbios do sono
Roncos, despertares noturnos, dificuldades respiratórias e interferência no sono desencadeados pela obstrução nasal crônica, podem acarretar sonolência diurna, alterações de humor, dificuldade de concentração e até mesmo aumento da pressão arterial, resultando em impacto negativo na qualidade de vida do idoso.
Alterações de paladar e olfato
A rinite alérgica muitas vezes provoca alteração na mucosa nasal, podendo determinar diminuição do paladar e do olfato.
Pólipos nasais
Em alguns portadores de rinite alérgica crônica, a inflamação repetida da mucosa faz com apareçam os chamados pólipos nasais (crescimento da mucosa). Os pólipos provocam obstrução intensa e permanente, merecendo tratamento especial. Há um tipo de hipersensibilidade à aspirina que se caracteriza pela formação de pólipos e asma grave.
Tratamento da Rinite
O tratamento da rinite no idoso não se limita a tomar remédios e deve incluir:
- Controle do ambiente, em especial dos ácaros no domicílio- Tratamento das doenças associadas
- Medicamentos para tratar e outros para prevenir crises
- Imunoterapia com alérgenos (vacina para alergia) - nos casos indicados
O acompanhamento com especialista permite um tratamento global, controle da doença e melhora da qualidade de vida para idosos.
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