Respirar não se resume ao nariz ou aos pulmões. Respirar é uma função integrada que se inicia no nariz e tem a participação de toda a via respiratória. Da mesma forma, a rinite alérgica está associada com frequência à ocorrência de asma. E, cerca de 80% pessoas que têm asma, apresentam também rinite alérgica.
Uma explicação plausível é fornecida pela hipótese da “marcha atópica”, que considera as manifestações clínicas alérgicas, começando com dermatite atópica, seguindo com a rinite alérgica e a asma, associadas. Uma visão semelhante é representada pelo conceito de “via aérea única”, na qual a rinite alérgica e a asma são consideradas como uma doença única.
Nem todo mundo que tem rinite terá obrigatoriamente asma. Mas, as pessoas portadoras de rinite (crianças ou adultos) têm alto risco de evoluir com surgimento de asma. E o inicio da asma pode passar despercebido, surgindo como uma tosse insistente, quando ri, brinca, ao fazer esforços ou à noite.
Nos asmáticos, a presença dos sintomas nasais recorrentes, em especial da obstrução do nariz, pode levar ao agravamento da asma, piora das crises, maior gasto com remédios e mais sofrimento às pessoas.
Concluindo, embora o nariz e os brônquios tenham funções diferentes, ambos compõem a mesma via respiratória, ou seja, um caminho único e revestido por um tipo semelhante de mucosa. Sendo assim, o tratamento deve ser integrado, para controle da doença.
World Allergy Organ J. 2019 Oct;12(10)
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