O tratamento da urticária crônica consiste em um conjunto de medidas, que vão desde a retirada ou neutralização da (s) causas (s) até o uso de medicamentos. Entretanto, nem sempre é possível afastar ou neutralizar as causas, principalmente na urticária crônica espontânea.
Os antialérgicos (anti-histamínicos) não sedantes são os medicamentos de escolha para o controle dos sintomas. Inicialmente, são utilizados nas doses licenciadas (recomendadas em bula). Nos casos com pouca resposta, o médico poderá aumentar a dose em até 4 (quatro) vezes. Porém, algumas vezes, mesmo com o uso dos antialérgicos em doses aumentadas, a doença não fica controlada, configurando uma urticária de difícil controle.
Ocasionalmente o corticóide (cortisona), que é um potente anti-inflamatório, pode ser receitado. Este uso deve ser recomendado somente nos casos de crises graves e por períodos curtos de tempo (máximo de 10 dias). O uso prolongado pode ocasionar efeitos colaterais significativos, como hipertensão arterial, diabetes, obesidade entre outros.
Omalizumabe é uma nova opção, que pode ser associada aos antialérgicos no tratamento da urticária de difícil controle. Trata-se de uma medicação imunobiológica, também conhecida como "anti-IgE", que atua na resposta imune. A imunoglobulina E ou IgE é um anticorpo produzido pelo corpo humano que participa da reação inflamatória. A ação do medicamento se dá porque se liga à IgE livre no sangue, evitando a sua ligação e, consequentemente, inibindo a resposta inflamatória e abolindo o aparecimento de sintomas.
O tratamento com omalizumabe visa o controle mais adequado da urticária crônica espontânea refratária com baixo risco de reações adversas. Os efeitos colaterais mais comuns são no local da aplicação da injeção (dor, vermelhidão e coceira) e cefaléia.
É apresentado sob a forma injetável, devendo ser aplicado a cada quatro semanas por via subcutânea. Esta aplicação é feita em ambiente hospitalar, com supervisão médica.
Os requisitos para o tratamento são:
- Diagnóstico de urticária crônica espontânea
- Crianças (maiores de 12 anos), adultos ou idosos
- Sintomas persistentes, que não respondem ao tratamento com antialérgicos (anti-histamínicos), e necessidade de uso frequente de corticoides nas exacerbações.
O omalizumabe é uma medicação segura e bem tolerada, conhecida há mais de 10 anos. No Brasil, foi aprovado para o tratamento da urticária crônica espontânea há cerca de 2 anos.
O alto custo dificulta o acesso ao medicamento.
Procure o médico especialista para receber uma orientação efetiva e adequada para o seu caso.
O artigo é de autoria da Dra. Solange Valle, do Departamento de Alergia Dermatológica da ASBAI, e da Dra. Fátima Emerson, da Comissão de Assuntos Comunitários - ASBAI.
FONTE: ASBAI
Saudações ! Pergunta: "Alimentos (frutas, inclusive) considerados depurativos do sangue diminuem a imunidade ou as defesas do organismo, por isso, muitas vezes, surgem perebas ou feridas na pele. Obrigado.
ResponderExcluirLaerte Boa noite Os alimentos podem causar urticária aguda, ou seja, de início recente, tanto em adultos como em crianças. Porém, na urticária crônica, isto é, de duração prolongada, não é comum que um alimento seja a causa da persistência dos sintomas. Agradecemos sua participação o Blog da Alergia.
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