Há alguma relação entre sintomas respiratórios e o ambiente de uma casa?
Os indícios afirmam que sim. Fatores encontrados dentro de uma residência podem afetar a evolução de doenças, como a rinite, a sinusite e a asma. Por isso, são indicados cuidados no ambiente onde o alérgico vive.
Há dois grupos de “vilões” que podem ser inalados no interior das moradias e, consequentemente, agravar as crises respiratórias.
- O primeiro deles refere-se às substâncias com ação irritativa no aparelho respiratório, como odores de produtos de limpeza e perfumes, além de poluentes, como a fumaça de cigarro.
- Já o outro grupo é formado pelos chamados agentes alergênicos, substâncias biológicas derivadas de ácaros da poeira, pelo, pele e secreções de animais domésticos, fungos (mofo) e insetos.
Por serem facilmente reconhecidos pelo odor e causarem sintomas imediatos, os itens do primeiro grupo tendem a ser notados mais rapidamente. Já o segundo não é tão facilmente percebido.
Em geral, o alérgico sente o cheiro do mofo e dos cães, enquanto as substâncias alergênicas de ácaros, insetos e gatos não são notadas. Entretanto, causam não só irritação da mucosa que reveste o aparelho respiratório, como induzem a uma inflamação que leva às crises de espirros, coriza e prurido nasal (na rinite) ou de tosse, falta de ar e chiado (no caso da asma).
Quanto mais tempo uma pessoa fica em contato com esses agentes, mais sintomas aparecerão. Para quem tem rinite, por exemplo, a piora do quadro aumenta o risco de sinusites e de desenvolvimento de asma. E para quem já apresenta asma, a probabilidade de exacerbações aumenta, assim como as chances de internação, além da perda progressiva e mais acelerada de função pulmonar.
Pacientes alérgicos ou com filhos alérgicos buscam seguir as recomendações. Mas nem sempre é fácil, pois algumas mudanças envolvem fatores financeiros, sociais e psicológicos. Várias famílias não têm como mudar de endereço ou fazer as reformas necessárias, especialmente, aquelas que não residem em imóvel próprio.
CUIDADOS QUE PODEM MELHORAR O BEM-ESTAR DOS MORADORES:
• Manter a casa arejada, bem ventilada
• Entrada de luz solar é importante
• Não fumar e não permitir que fumem em sua casa.
• Não usar umidificadores à noite no quarto de dormir. Esse aparelho aumenta a umidade no recinto e favorece a proliferação de ácaros
• Evitar uso excessivo de produtos de limpeza e aromatizadores, que podem irritar as vias respiratórias e a mucosa ocular.
• Limpeza diária com pano umedecido. Evitar vassouras e espanadores.
• Ao realizar obras, preferir tintas e colas sem cheiro ativo.
• Evitar excesso de móveis e objetos para facilitar limpeza
SALA
• Estofados de materiais sintéticos
• Se for aplicar algum material sobre a parede, preferir materiais lisos
• Papéis de parede laváveis
• Pisos de fácil limpeza. Evitar tapetes.
• Cortinas menores e laváveis.
• Não usar carpetes ou tapetes grandes
BANHEIROS
• Combater focos de umidade e bolor
• Rejunte anti-mofo no piso do banheiro
• Melhorar a circulação de ar no local
QUARTOS DE DORMIR
• O quarto de dormir é o cômodo mais problemático, pois é um local muito propício ao acúmulo de poeira em estantes e armários. Também é onde passamos a maior parte do dia. Além disso, os colchões são o principal foco de “criação” de ácaros
• Colchões e travesseiros devem ter capas impermeáveis.
• Retirar cortinas de pano e tapetes.
• Evitar estantes com livros, pois acumulam poeira e dão mofo.
• Retirar as pelúcias nos quartos infantis.
• Brinquedos devem ser higienizados e guardados em locais fechados.
COMBATE AO MOFO
A ocorrência de mofo pode ser combatida com a solução de água sanitária de uso doméstico diluída a 1/10: borrifar nas áreas mais afetadas, como banheiros, armários e áreas úmidas. Depois, é só deixar secar espontaneamente. A aplicação pode ser semanal, na ausência do alérgico.
Leia a matéria na íntegra aqui:
Jornal O Globo - caderno "Morar Bem"
Os indícios afirmam que sim. Fatores encontrados dentro de uma residência podem afetar a evolução de doenças, como a rinite, a sinusite e a asma. Por isso, são indicados cuidados no ambiente onde o alérgico vive.
Há dois grupos de “vilões” que podem ser inalados no interior das moradias e, consequentemente, agravar as crises respiratórias.
- O primeiro deles refere-se às substâncias com ação irritativa no aparelho respiratório, como odores de produtos de limpeza e perfumes, além de poluentes, como a fumaça de cigarro.
- Já o outro grupo é formado pelos chamados agentes alergênicos, substâncias biológicas derivadas de ácaros da poeira, pelo, pele e secreções de animais domésticos, fungos (mofo) e insetos.
Por serem facilmente reconhecidos pelo odor e causarem sintomas imediatos, os itens do primeiro grupo tendem a ser notados mais rapidamente. Já o segundo não é tão facilmente percebido.
Em geral, o alérgico sente o cheiro do mofo e dos cães, enquanto as substâncias alergênicas de ácaros, insetos e gatos não são notadas. Entretanto, causam não só irritação da mucosa que reveste o aparelho respiratório, como induzem a uma inflamação que leva às crises de espirros, coriza e prurido nasal (na rinite) ou de tosse, falta de ar e chiado (no caso da asma).
Quanto mais tempo uma pessoa fica em contato com esses agentes, mais sintomas aparecerão. Para quem tem rinite, por exemplo, a piora do quadro aumenta o risco de sinusites e de desenvolvimento de asma. E para quem já apresenta asma, a probabilidade de exacerbações aumenta, assim como as chances de internação, além da perda progressiva e mais acelerada de função pulmonar.
Pacientes alérgicos ou com filhos alérgicos buscam seguir as recomendações. Mas nem sempre é fácil, pois algumas mudanças envolvem fatores financeiros, sociais e psicológicos. Várias famílias não têm como mudar de endereço ou fazer as reformas necessárias, especialmente, aquelas que não residem em imóvel próprio.
CUIDADOS QUE PODEM MELHORAR O BEM-ESTAR DOS MORADORES:
• Manter a casa arejada, bem ventilada
• Entrada de luz solar é importante
• Não fumar e não permitir que fumem em sua casa.
• Não usar umidificadores à noite no quarto de dormir. Esse aparelho aumenta a umidade no recinto e favorece a proliferação de ácaros
• Evitar uso excessivo de produtos de limpeza e aromatizadores, que podem irritar as vias respiratórias e a mucosa ocular.
• Limpeza diária com pano umedecido. Evitar vassouras e espanadores.
• Ao realizar obras, preferir tintas e colas sem cheiro ativo.
• Evitar excesso de móveis e objetos para facilitar limpeza
• Estofados de materiais sintéticos
• Se for aplicar algum material sobre a parede, preferir materiais lisos
• Papéis de parede laváveis
• Pisos de fácil limpeza. Evitar tapetes.
• Cortinas menores e laváveis.
• Não usar carpetes ou tapetes grandes
BANHEIROS
• Combater focos de umidade e bolor
• Rejunte anti-mofo no piso do banheiro
• Melhorar a circulação de ar no local
QUARTOS DE DORMIR
• O quarto de dormir é o cômodo mais problemático, pois é um local muito propício ao acúmulo de poeira em estantes e armários. Também é onde passamos a maior parte do dia. Além disso, os colchões são o principal foco de “criação” de ácaros
• Colchões e travesseiros devem ter capas impermeáveis.
• Retirar cortinas de pano e tapetes.
• Evitar estantes com livros, pois acumulam poeira e dão mofo.
• Retirar as pelúcias nos quartos infantis.
• Brinquedos devem ser higienizados e guardados em locais fechados.
COMBATE AO MOFO
A ocorrência de mofo pode ser combatida com a solução de água sanitária de uso doméstico diluída a 1/10: borrifar nas áreas mais afetadas, como banheiros, armários e áreas úmidas. Depois, é só deixar secar espontaneamente. A aplicação pode ser semanal, na ausência do alérgico.
Leia a matéria na íntegra aqui:
Jornal O Globo - caderno "Morar Bem"
Olá, ótimas dicas mas tenho uma dúvida: aquele steemer, um aparelho vaporiza água quente para limpeza. É indicado ou vai no grupo dos umidificadores de ambiente que devem ser evitados?
ResponderExcluirAnderson Boa noite Vaporizadores e umidificadores devem ser usados com cautela e sob orientação médica. O aumento da umidade ambiental pode favorecer aumento de fungos e ácaros. Obrigado por sua participação no Blog da Alergia.
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