Pular para o conteúdo principal

Mudanças do tempo e Alergia



É comum que as pessoas que têm doenças alérgicas respiratórias associem o aparecimento de crises nos períodos de mudanças do tempo. Algumas referem até que os sintomas antecedem em horas a mudança climática. Crianças e idosos são particularmente vulneráveis às estas alterações. 

Este fator pode ser tão importante nas crises a tal ponto que o doente identifica apenas neles a causa de sua doença. Algumas pessoas chegam a afirmar que são “alérgicas à mudança do tempo”, o que não é verdadeiro. 

Na realidade, a base é a tendência genética (hereditária) para alergia, gerando um aparelho respiratório inflamado que reagirá com mais facilidade ao ser provocado pela mudança súbita climática. Ou seja, este é apenas um fator agravador da doença, mas não a causa. 

Não há uma “alergia ao tempo”, mas sim uma mucosa nasal e/ou brônquica inflamada e que reagirá à irritação causada pela variação climática. 

Mudanças bruscas de tempo podem piorar a asma e a rinite, por algumas razões: 
- O frio e o ar seco podem irritar a mucosa respiratória. 
- Atuação sobre o sistema neurovegetativo de regulação da temperatura corporal variando o nível de reatividade do organismo e favorecendo uma maior sensibilidade (hiperreatividade) dos brônquios e, consequentemente, uma crise de asma. 
- Se esta mudança ocorre no inverno, somam-se ainda fatores como: 
Favorecimento de viroses respiratórias (como resfriados e gripes); 
Maior quantidade de mofo (fungos); 
Aumento da população de ácaros e 
Modificações de hábitos, como a maior permanência no domicílio nos períodos frios. 

Como combater o problema? 

- Beba líquidos no decorrer do dia, de preferência, fora de refeições. 
- Tenha uma alimentação balanceada, incluindo consumo de frutas e verduras. 
- Não fume 
- Procure ter uma atividade física, de acordo com sua idade e condição de saúde. 
Caminhadas devem ser estimuladas. A prática de esportes é benéfica. 
- Não tome banhos muito quentes. 

E, principalmente, trate sua Asma e/ou Rinite de forma contínua e não apenas nas crises. Combatendo a inflamação da árvore respiratória, você terá adquirirá mais resistência e enfrentará bem estes períodos.

Comentários

  1. Bom dia. Conheci o blog a pouco tempo em busca de uma solução para as crises de tosse do meu filho de 2 anos e meio. Ele teve brinquite há 3 meses e ficou 4 dias internado. Usou bombina de aerolin por 10 dias após a internação associado a antibiotico e prelone. Depois disso ficou dois meses sem nenhuma tosse mais traumatizou com remedios. Vomita tudo que tento dar. O único remedio que ele toma são globulos homeopaticos pq sao docinhos. Enfim, voltou a tossir levo sempre ao médico pra ver se o pulmao não está chiando e graças a Deus não está. A tosse já dura 30 dias. Mas nao tosse muito. Sao mais frequentes a noite e de manha, as vezes tose seca, as vezes com mais secreção. Observo que o nariz está com a respiração dificil e acho que é daí que a tosse é provocada. O medico depois dessas minhas observaçoes acha que pode ser uma rinossinusite e receitou hixisine alem das lavadas com soro na narina. Não consigo fazer com que ela beba o remedio. Sempre vomita. Não tenho como impedir o vomito, mas desisti de dar o remédio pela tortura que isso se tornou pra nós dois. De aerosol com soro, umidificador no quarto, lavagem nasal com soro, já fiz de tudo e a tosse nao para. Moro num ligar com queimadas frequentes e poeira por ser um bairro novo ainda construção. Gostaria de uma luz pra conseguir acabar com essa tosse. Obrigada e Parabéns pelo blog

    ResponderExcluir
  2. Lina: gostaria de poder ajudar, mas não sei como fazê-lo pela internet, sem uma conversa pessoalmente. É normal que uma criança pequena fique mais ansiosa após uma internação. Mas, cabe à família e em especiial à mãe, em conjunto com o(a) pediatra uma atuação conjunta e harmoniosa para corrigir o problema. Uma criança pequena pode ser orientada para que consiga superar este momento. Aconselho que você procure ajuda do(a) pediatra ou do(a) homeopata que tratam do seu filhinho e peça que e orientem Obrigado pela visita.

    ResponderExcluir
  3. Olá
    Tenho uma filha de 7 anos q trata de asma alergica desde os tres anos!!!!á dois meses atrás resolvi mudar de medico porque mesmo tomando os remédios,o nariz dela sempre trancava a noite,aí resolvi mudar!!Dois meses após eu ter mudado e usando a nova medicação,ela está com uma alergia horrível há uma semana,coçando todo o rosto,olhos,braços,barriga,pescoço e costas!!!!estou desesperada pq ja levei em três demartologistas diferentes e todos so falam q é alergia a acaros!mais ela tem alergia desde os tres anos,e nunca se manifestou assim!!!sera q mesmo dois meses apos estar tomando a nova medicacao,agora q começou a dar reação??é possível???
    Moramos no Japão e agora aqui é outono,será q tbm ajudou o clima????estou realmente preocupada e prestes a voltar pro Brasil!leles nao querem refazer o exame de sangue nela pq o ultimo foi feito a um mês atrás,falaram q nao da alteração significativa em exame recente!!me ajudem por favor

    ResponderExcluir
  4. Alana: é possível que sua filha esteja apresentando a dermatite atópica, uma alergia que pode se associar com a asma e a rinite alérgica. Mas, não é possível confirmar o diagnóstico pela internet. É essencial examinar sua filha pessoalmente. Convido que escreva para nosso e-mail (blogdalergia@gmail.com) e enviaremos para você uma cópia em PDF do livro: “Alergia, doença do século XXI”. Gratos pela sua visita ao Blog da Alergia.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

"Os comentários publicados sistema são de exclusiva e integral responsabilidade e autoria dos leitores que dele fizerem uso. Os autores deste blog reservam-se, desde já, o direito de excluir comentários e textos que julgarem ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros. Textos de caráter promocional ou sem a devida identificação de seu autor também poderão ser excluídos".

Postagens mais visitadas deste blog

Alergias e reações na pele causadas por plantas

A natureza nos presenteia diariamente com plantas e flores proporcionando uma festa não apenas para os olhos mas para todos os sentidos. A sua utilidade prática é indiscutível e múltipla, seja purificando o ar, seja servindo como alimento ou como base para construção de habitações, na manufatura de mobiliário, utensílios, cosméticos, medicamentos, entre tantas outras aplicações. Se apenas tivessem o papel de embelezar, já seriam fundamentais, aliviando a dureza do cotidiano e transmitindo paz numa convivência harmoniosa de longa data com o ser humano. Mas, em algumas situações, a pele pode desenvolver reações quando entra em contato com plantas e daí pode coçar, se tornar vermelha, apresentar uma erupção cutânea e até inflamar. Estas reações surgem pelo contato com a pele, algumas puramente por irritação direta e outras, por mecanismo alérgico. Até mesmo árvores podem produzir um eczema de contato alérgico, sendo o exemplo mais conhecido a Aroeira, uma árvore de madei

Pitiríase rósea

É uma doença conhecida desde 1860, quando foi descrita por Camille M. Gibert, sendo conhecida também como Pitiríase rósea de Gibert. Não se conhece exatamente a causa, mas parece que a hipótese mais viável é que seja ocasionada por vírus, como por exemplo, o vírus do herpes. Mas, é possível que dependa de uma tendência genética do indivíduo, o que seria um facilitador do aparecimento da doença. Questiona-se também outros mecanismos, envolvendo alguns tipos de medicamentos, autoimune, associação com outras doenças, etc. Fatores psicológicos ou estresse podem facilitar o aparecimento da doença, assim como alterações da imunidade e gravidez. Não é contagiosa. É mais comum em adultos, acometendo mulheres e homens, sendo rara em crianças pequenas e em idosos, ocorrendo preferencialmente na primavera e no outono. O maior problema é que sua evolução pode ser prolongada e durar de semanas a meses, assustando o doente. Em alguns casos pode recidivar, mas não é comum que aconteça Quadro c

Dermografismo

A bolsa pesada marca o seu braço? A roupa apertada, a alça do soutien, o elástico da roupa faz você coçar e empolar? Atenção: pode ser dermografismo! Dermografismo é uma doença da pele que afeta cerca de 5% da população e que se caracteriza pelo aparecimento de coceira intensa em locais de pressão. Após o ato de coçar surgem “lanhos” vermelhos nas pele. É uma forma de urticária, sendo também chamado de urticária factícia ou urticária falsa.A urticária clássica se caracteriza pelo surgimento de placas avermelhadas que se acompanham de coceira na pele, podendo ter causas variadas, como medicamentos, alimentos, certas doenças, entre outras causas – veja post sobre o tema neste mesmo Blog. No caso do dermografismo, após pressão sobre um determinado local no corpo, a coceira surge em primeiro lugar e só depois de se coçar é que surgem as placas. Por isso, é comum que se inicie em locais onde a roupa aperta, elásticos, alça do soutien. O dermografismo faz parte de um grupo de urticárias deno