Em Portugal, foi realizado um estudo que acompanhou 300 crianças ao longo de 13 anos, com objetivo de avaliar como os sintomas evoluem com o tempo. Foi demonstrado que mais de 10% das crianças portuguesas têm asma. Porém, só 30% dos casos chegam à adolescência já sem sinais da doença.
Foram identificados claramente três conjuntos de crianças:
1) Crianças que terão asma e rinite até à adolescência.
Neste grupo, a alergia é um fator importante e representa metade de todos os casos
2) Crianças que continuam com asma até à adolescência mas de forma branda.
3) Crianças que deixam de ter asma. Os sintomas irão desaparecer na adolescência.
Neste último grupo, em geral os pais não tinham asma e não foram detectadas alergias (rinite ou eczema).
Esta divisão das crianças por grupos permite que os médicos escolham a melhor opção de tratamento para cada uma delas.
Um dado importante: identificar e tratar os sintomas da rinite nas crianças (espirros, coriza, obstrução e coceira do nariz, olhos e garganta) evita asma na adolescência, já que a rinite é um importante fator de risco para a doença.
As conclusões do estudo podem ter grande aplicação na prática clínica, ajudando os médicos a escolher o melhor tipo de tratamento para cada criança, contribuindo para melhorar a qualidade de vida, tanto dos pequenos como de seus pais, já que estes problemas afetam toda a família.
As alergias respiratórias são das doenças crônicas mais frequentes na infância e cerca de 30% das crianças apresenta sintomas de rinite, enquanto mais de 10% têm manifestações de asma, mesma percentagem afetada pelo eczema atópico. Mais de 5% das crianças sofrem de alergia alimentar e cerca de 2% a 5% das crianças têm alergia a medicamentos.
A asma e a rinite são doenças alérgicas que podem se iniciar na infância, mas nem sempre são diagnosticadas adequadamente.
Este estudo reforça a importância do diagnóstico precoce e aponta para a necessidade de valorizar outras doenças (em especial a rinite e o eczema atópico) que podem influenciar na evolução da asma.
Quanto mais cedo for detectada e tratada a asma,
menor o impacto da doença no futuro.
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Meu nome e Flavia, fiz um teste cutaneo para alergia que deu positivo para dois tipos de acaros, porem ao pedir o rast. pelo sangue deu negativo e tudo normal. Tenho hipertrofia de corneto, gotejamento pos nasal ,meu nariz vive entupido, faringite granulosa,so respiro pela boca quando durmo e tive asma ate a adolescencia.Fiquei decepcionada com o resultado do exame dr sangue, pois tenho muita esperança em resolver o meu problema com a imunoterapia.Sera que esta errado o teste do laboratorio?
ResponderExcluirFlavia: nem sempre o resultado dos testes (na pele e no sangue) correspondem, pois diversos fatores podem influenciar na resposta. Contudo, é importante ressaltar que o resultado do exame deve ser sempre interpretado relacionando com os sintomas clínicos. Além disso, o teste realizado na pele é mais sensível. Convido que escreva para nosso e-mail (blogdalergia@gmail.com) e enviaremos para você uma cópia em PDF do livro: “Alergia, doença do século XXI”. Agradecemos sua visita ao Blog da Alergia.
ResponderExcluirGostaria de dizer da importância de um site destes... sou alérgica a tanta coisa, como picada de insetos, tenho rinite, enfim.... cada vez mais me sinto uma "estranha no ninho", e não encontro pessoas especializadas que transmitam confiança nas respostas... continuem nos ajudando, por favor. Grata Marlene
ResponderExcluirMarlene Boa noite
ResponderExcluirAgradeço em nome da equipe médica da Clínica de Alergia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro. As suas palavras são um incentivo ao nosso trabalho voluntário no Blog da Alergia.