Baratas podem causar alergia e agravar a asma.
Milhares de espécies de barata já foram identificadas e nomeadas. Estes insetos buscam ambientes de calor e umidade e por isso, a maioria das baratas têm as florestas tropicais como habitat. Apenas 1% convive com o homem, à procura de alimento, abrigo e água: são as chamadas baratas domiciliares. As principais são: Periplaneta americana (barata grande voadora) e a Blatella germanica (barata pequena doméstica).
Baratas produzem proteínas responsáveis por deflagrar alergias, denominadas alérgenos. À bem da verdade, não só as baratas, mas também escamas, pelos e emanações de outros insetos podem produzir sintomas no aparelho respiratório. A barata doméstica foi identificada como um importante alérgeno em locais de clima temperado ou tropical, principalmente nas áreas urbanas. A sensibilização à barata é mais frequente em residências de baixo poder aquisitivo, com grande infestação.
Pode-se afirmar que baratas vivem em um mundo paralelo em nossas casas, escondidas em locais variados: atrás do papel de parede, armários de cozinha, sob o refrigerador, dentro do banheiro, preferindo os locais úmidos. Possuem hábitos noturnos, sendo mais ativas à noite quando saem do abrigo para alimentação, cópula e voo. Quando baratas são vistas à luz do dia, é sinal, de infestação séria, seja por excesso de população, ou falta de alimento e água.
Baratas habitualmente não transmitem doenças, embora possam de forma ocasional, transportar agentes patogênicos, como vetores. Contudo, é comprovado que a asma pode se associar à presença de baratas no ambiente e que a alergia a barata pode causar crises e levar à atendimentos de emergência, tanto em adultos como em crianças alérgicas, com testes positivos para baratas, na pele ou no sangue.
As frações que provocam alergia são principalmente as fezes, saliva, descamação e uma secreção (gosma) que produzem. As fezes, secreções e corpos de baratas mortas secam, viram pó e se misturam à poeira. Em alguns locais e em certos grupos étnicos, a sensibilização à barata chega a ser mais comum do que ao ácaro. Nestes pacientes, os alérgenos da barata podem ser identificados no ambiente, inclusive no quarto.
A tropomiosina é uma proteína, descrita como responsável pela alergia às baratas. Pode sensibilizar quando é inalada, mas também quando ingerida. Está presente em alérgenos inalantes, como ácaros e baratas, bem como em alguns alimentos, como camarão, lagosta, caranguejo e em parasitas. Foi demonstrado que existe uma "reação cruzada" entre a tropomiosina encontrada no camarão, crustáceos, ácaros e na barata alemã.
Uma curiosidade: em 2012, o FDA americano informou que nos EUA, uma barra de chocolate comum contém, em média, 8 resíduos de baratas e que um pedaço de 100 gramas de chocolate tem em média, 60 resquícios de insetos variados em sua composição. Parece que o inseto entraria em contato ainda durante a colheita e armazenamento do cacau. Sendo assim pessoas que têm alergia ao chocolate poderiam, na verdade, serem alérgicas aos pedacinhos de baratas que ficam no doce e não ao chocolate em si.
- Extermínio profissional dos insetos, com tratamento de todos os cômodos da casa. Contudo, mesmo assim, as baratas podem persistir e se esconder em frestas e rachaduras. Por isso, deve-se fazer uma limpeza rigorosa no ambiente após a dedetização.
- Guardar alimentos em recipientes fechados
- Evitar louças sujas, água ou alimentos para animais de estimação na cozinha.
- Bloquear os locais por onde as baratas poderiam entrar em casa, incluindo rachaduras, fendas nas paredes, janelas, brechas no chão, ralos, etc.
- Combater umidade: consertar torneiras, canos e vazamentos.
- Aspirar ou varrer o chão após as refeições.
- Usar latas de lixo cobertas com tampas.
- Lavar os pratos logo após o uso. Não deixe acumular vasilhas sujas na pia.
- Limpar as áreas debaixo de fogões, geladeiras, micro-ondas, torradeiras, etc. onde se acumulam farelos e migalhas. Limpar regularmente a superfície do fogão e de armários.
Uma dica: trate sua alergia de maneira contínua e não apenas nas crises. Mas, tratar não é só tomar remédios: avalie quais os fatores que poderão contribuir para sua doença. Converse com seu médico alergista: o trabalho conjunto do médico, do alérgico e da família, em especial no caso de crianças, é fundamental para que se faça um plano eficaz de tratamento e controle da alergia.
Milhares de espécies de barata já foram identificadas e nomeadas. Estes insetos buscam ambientes de calor e umidade e por isso, a maioria das baratas têm as florestas tropicais como habitat. Apenas 1% convive com o homem, à procura de alimento, abrigo e água: são as chamadas baratas domiciliares. As principais são: Periplaneta americana (barata grande voadora) e a Blatella germanica (barata pequena doméstica).
Baratas produzem proteínas responsáveis por deflagrar alergias, denominadas alérgenos. À bem da verdade, não só as baratas, mas também escamas, pelos e emanações de outros insetos podem produzir sintomas no aparelho respiratório. A barata doméstica foi identificada como um importante alérgeno em locais de clima temperado ou tropical, principalmente nas áreas urbanas. A sensibilização à barata é mais frequente em residências de baixo poder aquisitivo, com grande infestação.
Pode-se afirmar que baratas vivem em um mundo paralelo em nossas casas, escondidas em locais variados: atrás do papel de parede, armários de cozinha, sob o refrigerador, dentro do banheiro, preferindo os locais úmidos. Possuem hábitos noturnos, sendo mais ativas à noite quando saem do abrigo para alimentação, cópula e voo. Quando baratas são vistas à luz do dia, é sinal, de infestação séria, seja por excesso de população, ou falta de alimento e água.
Baratas habitualmente não transmitem doenças, embora possam de forma ocasional, transportar agentes patogênicos, como vetores. Contudo, é comprovado que a asma pode se associar à presença de baratas no ambiente e que a alergia a barata pode causar crises e levar à atendimentos de emergência, tanto em adultos como em crianças alérgicas, com testes positivos para baratas, na pele ou no sangue.
As frações que provocam alergia são principalmente as fezes, saliva, descamação e uma secreção (gosma) que produzem. As fezes, secreções e corpos de baratas mortas secam, viram pó e se misturam à poeira. Em alguns locais e em certos grupos étnicos, a sensibilização à barata chega a ser mais comum do que ao ácaro. Nestes pacientes, os alérgenos da barata podem ser identificados no ambiente, inclusive no quarto.
A tropomiosina é uma proteína, descrita como responsável pela alergia às baratas. Pode sensibilizar quando é inalada, mas também quando ingerida. Está presente em alérgenos inalantes, como ácaros e baratas, bem como em alguns alimentos, como camarão, lagosta, caranguejo e em parasitas. Foi demonstrado que existe uma "reação cruzada" entre a tropomiosina encontrada no camarão, crustáceos, ácaros e na barata alemã.
Uma curiosidade: em 2012, o FDA americano informou que nos EUA, uma barra de chocolate comum contém, em média, 8 resíduos de baratas e que um pedaço de 100 gramas de chocolate tem em média, 60 resquícios de insetos variados em sua composição. Parece que o inseto entraria em contato ainda durante a colheita e armazenamento do cacau. Sendo assim pessoas que têm alergia ao chocolate poderiam, na verdade, serem alérgicas aos pedacinhos de baratas que ficam no doce e não ao chocolate em si.
Medidas úteis para combater as baratas no domicílio
- Extermínio profissional dos insetos, com tratamento de todos os cômodos da casa. Contudo, mesmo assim, as baratas podem persistir e se esconder em frestas e rachaduras. Por isso, deve-se fazer uma limpeza rigorosa no ambiente após a dedetização.
- Guardar alimentos em recipientes fechados
- Evitar louças sujas, água ou alimentos para animais de estimação na cozinha.
- Bloquear os locais por onde as baratas poderiam entrar em casa, incluindo rachaduras, fendas nas paredes, janelas, brechas no chão, ralos, etc.
- Combater umidade: consertar torneiras, canos e vazamentos.
- Aspirar ou varrer o chão após as refeições.
- Usar latas de lixo cobertas com tampas.
- Lavar os pratos logo após o uso. Não deixe acumular vasilhas sujas na pia.
- Limpar as áreas debaixo de fogões, geladeiras, micro-ondas, torradeiras, etc. onde se acumulam farelos e migalhas. Limpar regularmente a superfície do fogão e de armários.
Uma dica: trate sua alergia de maneira contínua e não apenas nas crises. Mas, tratar não é só tomar remédios: avalie quais os fatores que poderão contribuir para sua doença. Converse com seu médico alergista: o trabalho conjunto do médico, do alérgico e da família, em especial no caso de crianças, é fundamental para que se faça um plano eficaz de tratamento e controle da alergia.
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