Estudos apontam que nos últimos 40 anos triplicou a proporção de pessoas alérgicas no mundo. E no Brasil não é diferente.
Segundo o professor José Luiz Rios, coordenador da pós-graduação em Alergia e Imunologia da Faculdade de Medicina de Petrópolis e médico da Clínica de Alergia da Policlínica geral do Rio de Janeiro, a alergia acontece por conta de uma alteração do sistema imunológico, que responde de maneira exagerada a algum estímulo externo. A pré-disposição genética e fatores ambientais são a dupla causadora da doença.
As alergias mais frequentes são as respiratórias. “Pela ordem, detectamos nos consultórios a rinite alérgica, a asma e as conjuntivites alérgicas. Depois, vêm as alergias de pele, das quais as mais frequentes são a urticária e a dermatite de contato”, afirma.
São diversos os motivos para esse aumento de pessoas alérgicas, dentre eles destacam-se: - Mudança no estilo de vida das populações, já que hoje em dia a vida é mais confinada a ambientes fechados;
- Mudança no tipo de moradia: mais móveis, estofados, tapetes, etc;
- Tipo de alimentação (mais comida industrializada, cheia de conservantes)
- Poluição atmosférica.
Além disso, os cuidados higiênicos com as crianças também aumentaram muito, tanto em termos de limpeza, como em relação às doenças infecciosas, acrescenta.
A exposição ao alérgeno, causador da doença, pode acontecer inúmeras vezes durante a vida antes que haja a sensibilização e, consequentemente, o desenvolvimento da alergia. “Você pode entrar em contato com algum material, como um alimento ou um cosmético, por exemplo, por anos e só depois desenvolver alguma alergia”. O metal e as substâncias químicas de bijuterias e esmaltes, por exemplo, têm características que facilitam a reação do sistema imunológico e muitos se tornam alérgicos.
No caso de crises respiratórias, as gripes podem potencializar a doença. “No tempo frio, você tem algumas alterações nos sintomas”, diz. O alergista explica que o inverno brasileiro, com temperaturas em torno de 15ºC a 25ºC, é o tempo ideal para proliferação de ácaros, grandes causadores de alergias nas vias respiratórias. Segundo o médico, o tratamento é pensado no sentido de minimizar os sintomas e controlar as crises. Em todos os casos de alergia, a orientação é evitar o causador da doença, ou minimizar, quando é impossível evitar. “Se você consegue parar de comer ou usar, não tem mais aquela reação. Mas, na alergia respiratória, isso não é tão simples, porque os causadores estão no ar que se respira, como a poeira e os ácaros. Daí a necessidade de um tratamento mais prolongado”, explica.
O tratamento compreende medidas preventivas para melhorar o ambiente e diminuir a presença dos causadores, e o uso de medicamentos para prevenir os sintomas e provocar alívio nos momentos de crises. “Outra opção é a imunoterapia, vacina para dessensibilização alérgica”, conclui o professor Rios.
Fonte: Jornal Cidade.net
Segundo o professor José Luiz Rios, coordenador da pós-graduação em Alergia e Imunologia da Faculdade de Medicina de Petrópolis e médico da Clínica de Alergia da Policlínica geral do Rio de Janeiro, a alergia acontece por conta de uma alteração do sistema imunológico, que responde de maneira exagerada a algum estímulo externo. A pré-disposição genética e fatores ambientais são a dupla causadora da doença.
As alergias mais frequentes são as respiratórias. “Pela ordem, detectamos nos consultórios a rinite alérgica, a asma e as conjuntivites alérgicas. Depois, vêm as alergias de pele, das quais as mais frequentes são a urticária e a dermatite de contato”, afirma.
São diversos os motivos para esse aumento de pessoas alérgicas, dentre eles destacam-se: - Mudança no estilo de vida das populações, já que hoje em dia a vida é mais confinada a ambientes fechados;
- Mudança no tipo de moradia: mais móveis, estofados, tapetes, etc;
- Tipo de alimentação (mais comida industrializada, cheia de conservantes)
- Poluição atmosférica.
Além disso, os cuidados higiênicos com as crianças também aumentaram muito, tanto em termos de limpeza, como em relação às doenças infecciosas, acrescenta.
A exposição ao alérgeno, causador da doença, pode acontecer inúmeras vezes durante a vida antes que haja a sensibilização e, consequentemente, o desenvolvimento da alergia. “Você pode entrar em contato com algum material, como um alimento ou um cosmético, por exemplo, por anos e só depois desenvolver alguma alergia”. O metal e as substâncias químicas de bijuterias e esmaltes, por exemplo, têm características que facilitam a reação do sistema imunológico e muitos se tornam alérgicos.
No caso de crises respiratórias, as gripes podem potencializar a doença. “No tempo frio, você tem algumas alterações nos sintomas”, diz. O alergista explica que o inverno brasileiro, com temperaturas em torno de 15ºC a 25ºC, é o tempo ideal para proliferação de ácaros, grandes causadores de alergias nas vias respiratórias. Segundo o médico, o tratamento é pensado no sentido de minimizar os sintomas e controlar as crises. Em todos os casos de alergia, a orientação é evitar o causador da doença, ou minimizar, quando é impossível evitar. “Se você consegue parar de comer ou usar, não tem mais aquela reação. Mas, na alergia respiratória, isso não é tão simples, porque os causadores estão no ar que se respira, como a poeira e os ácaros. Daí a necessidade de um tratamento mais prolongado”, explica.
O tratamento compreende medidas preventivas para melhorar o ambiente e diminuir a presença dos causadores, e o uso de medicamentos para prevenir os sintomas e provocar alívio nos momentos de crises. “Outra opção é a imunoterapia, vacina para dessensibilização alérgica”, conclui o professor Rios.
Fonte: Jornal Cidade.net
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