A alergia aos metais é bastante comum e vem aumentando nos últimos anos. Pesquisadores de Minas Gerais desenvolveram um estudo entre crianças de 0 a 12 anos de idade que se apresentavam para consulta pediátrica num centro de saúde na cidade de Belo Horizonte. Os objetivos eram: 1) determinar a prevalência da alergia de contato aos metais em crianças e 2) avaliar os fatores envolvidos nos casos onde a alergia é detectada.
Completaram o estudo 144 crianças e todas fizeram testes de contato para 3 substâncias: cromo, cobalto e níquel: 4,9% apresentaram reação ao cromo, 9,7% ao cobalto e 20,1% ao níquel. Chamou a atenção o fato de que a maioria das crianças que tiveram reação ao níquel eram meninas e tinham orelha perfurada.
Grande parte das crianças usam brincos de ouro, mas muitos têm baixa qualidade ("folheados") podendo conter níquel, o que seria responsável pela sensibilização ao metal. Parece que o risco de alergia aumenta com o número de perfurações nos lóbulos das orelhas e quando a perfuração ocorre antes dos 20 anos de idade.
Os autores concluíram que embora um estudo isolado não seja definitivo, familiares devem ser alertados sobre a possível associação da perfuração das orelhas nas crianças, com a maior possibilidade de alergia aos metais (bijuterias e níquel) no futuro.
Fonte: Jornal de Pediatria
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