A rinite alérgica é a doença crônica mais comum na infância, de acordo com os dados mais atualizados. A base da doença é genética (hereditária) e resulta da interação com fatores do ambiente em que vivemos. As vias respiratórias altas se encontram inflamadas, mesmo quando não se sente nada. É a chamada “inflamação mínima persistente nasal”.
A rinite se manifesta por sintomas nasais predominantes, como: espirros, coriza, congestão e coceira nasal, podendo se confundir com resfriados repetidos. Mas, não pára por aí: a partir do momento em que a mucosa do nariz se inflama, pouco a pouco, esta inflamação atinge as estruturas próximas do nariz, como os seios da face, ouvidos, garganta, olhos e até os pumões. Por isso, a rinite raramente se manifesta sozinha, sendo comum que se associe com sinusite, conjuntivite, laringite, faringite, amigdalite, tosse crônica e até mesmo asma (ou bronquite). Fica claro, portanto, que a rinite não é uma doença sem importância e que pode acarretar muito sofrimento às crianças.
Um problema pouco falado é o reflexo dos sintomas nasais repetidos no repouso e no sono das crianças. Afinal, qualquer adulto sabe como é difícil dormir se o nariz está entupido. O sono prejudicado pela má respiração se acompanha de roncos, agitação, boca aberta, babando no travesseiro, A consequência? Noites mal dormidas, sonolência durante o dia, desatenção na escola, alterações do humor, resultando em queda das notas e do rendimento escolar.
Se a rinite é mais grave, é fácil relacionar as faltas na escola com o prejuízo no aprendizado. Mas, nos casos mais leves, esta influência pode passar despercebida pelos pais e professores, levando a pensar que a crianças tenham um distúrbio de atenção e comportamento.
O tratamento adequado da rinite pode contribuir para uma melhora do desempenho escolar nas crianças. Mas, devem ser evitados os antialérgicos de primeira geração, mais antigos, que podem produzir sonolência, irritabilidade e outras alterações do sistema nervoso central como efeitos colaterais. São preferíveis os antihistamínicos mais modernos, que mostram bons resultados clínicos sem estes efeitos colaterais.
Cabe aqui lembrar que tratar não é só tomar remédios, mas deve englobar a imunoterapia específica (vacina para alergia) e cuidados para controle de ácaros na poeira de casa, em especial no quarto das crianças. Além disso, é importante afastar maus hábitos (chupetas, mamadas noturnas), corrigir a respiração bucal através da fisioterapia, tratar outras doenças associadas, etc.
Quem se interessar mais pelo assunto, peço que escreva para nosso e-mail e solicite a cópia em PDF do nosso livro: “Alergia nasal: É mais feliz quem respira pelo nariz”.
Fonte
Minha filha tem 14 anos e tem sinusite, fui ao otorrino e ele recomendou DUOFLAM injetável e disse que se a mesma não tomasse não ficaria boa da inflamação e as dores de cabeça constantes.. Acontece que esse medicamento fica no organismo por até 40 dias, fico preocupada com os sintomas adversos, pois eu já usei predinisolona oral nela e ela teve rash cutaneo e foi so retirar a medicação para melhorar.. A minha pergunta é? Havendo efeitos adversos, podemos reverter essa situação? Não seria melhor um corticoide oral mesmo que por tempo prolongado. Preciso de um aconselhamento.
ResponderExcluirObrigada
Peço sua compreensão, mas o aconselhamento que deseja não pode ser feito através da internet. Para avaliar a indicação do uso do Duoflam é essencial conhecer os dados clínicos e examinar sua filha pessoalmente. Aconselho que seja sincera com o médico e exponha sua preocupação: ele poderá esclarecer de forma adequada. Gratos por sua visita ao nosso Blog.
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