O que é a síndrome de Stevens Johnson?
Síndrome de Stevens Johnson é uma forma grave e rara de doença imunológica. Dados americanos informam que ocorre em torno de 1 a 4 casos por 1milhão de habitantes.
Esta doença foi descrita pela primeira vez em 1922 por Stevens e Johnson, observando pacientes que apresentavam febre, lesões na boca, erupção cutânea generalizada e conjuntivite purulenta, dando o nome de eritema multiforme. Na década de 50 tomou o nome de seus descobridores.
Quais são as causas desta doença?
Estuda-se a possibilidade destas pessoas apresentarem uma predisposição do seu metabolismo, ou seja, uma susceptibilidade genética para terem a doença. São descritas causas variadas, sendo a principal a sensibilidade a determinados medicamentos, aparecendo em cerca de 70% dos casos. Podem contribuir também: infecções (por bactérias, por vírus ou por fungos) e doenças como neoplasias ou tumores. Pessoas portadoras do vírus da AIDS parecem ter maior predisposição.
Como se manifesta a síndrome de Stevens Johnson?
A doença se inicia com sintomas gerais, como febre, mal-estar, dor de cabeça, podendo também se acompanhar de sintomas respiratórios. Segue-se o aparecimento abrupto de lesões na pele e nas mucosas (em especial na boca), espalhando pelo corpo. Surgem bolhas e ulcerações na pele, graves e extensas. Em alguns casos a pele fica tão frágil que pode se desprender facilmente, facilitando infecções e agravando o caso. Danos oculares ocorrem com reflexos na córnea, uveíte, etc.
Os exames de sangue se alteram e surgem complicações, atingindo muitos órgãos como fígado, coração, rins, intestinos, sistema nervoso central, aparelho genital entre outros. Há risco de vida se a pessoa não for atendida com presteza e internada em hospital, com sistema de terapia intensiva.
Como é o tratamento desta síndrome?
Não há um tratamento específico, mas sim dirigido para corrigir os problemas ocasionados pela doença. Quanto mais precoce for feito o diagnóstico, melhor, para que se possa identificar a causa e corrigir o problema. O paciente deve ser internado, de preferência em unidade de tratamento intensivo para que o paciente seja monitorado e receba com presteza a medicação de suporte, contando com acompanhamento clínico rigoroso e eficaz.
Após a alta hospitalar, o paciente deve continuar o acompanhamento clínico com o especialista em Alergia ou Dermatologia, a fim de apoiar sua recuperação, tratar seqüelas e para que seja feita a orientação profilática e adequada da doença.
Visite o site da Clínica Mayo e leia mais sobre a Síndrome de Stevens Johnson. O texto está em inglês e vale a pena ser lido.